Região Sudeste

Área total: 927.286 km²
População (2000): 72.297.351 habitantes
Densidade demográfica (2000): 77,96 hab/km²
Maiores cidades (Habitantes/2000): São Paulo (10.405.867); Rio de Janeiro (5.851.914); Belo Horizonte (2.232.747); Guarulhos-SP (1.071.268); Campinas-SP (968.172); Nova Iguaçú-RJ (915.366); São Gonçalo-RJ (889.828); Duque de Caxias-RJ (770.865); São Bernardo do Campo-SP (701.289); Osasco (650.993); Santo André-SP (648.443); São José dos Campos-SP(538.909); Contagem-MG (537.806); Ribeirão Preto-SP (505.053); Uberlândia-MG (500.488); Sorocaba-SP (494.649); Niterói-RJ (458.465); Juiz de Fora-MG (456.432). Vitória, capital do Espírito Santo, possui 291.941habitantes (961.682 habitantes na área metropolitana que engloba Vila Velha e Cariacica).

Relevo e clima:
           A Região Sudeste - a mais evoluída economicamente do país -, é formada pelos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Situa-se na parte mais elevada do Planalto Atlântico, onde estão as serras da Mantiqueira, do Mar e do Espinhaço. Sua paisagem típica, apresenta formações de montanhas arredondadas, chamadas "mares de morros", e os "pães de açúcar", que são montanhas de agulhas graníticas. O clima predominante no litoral é o tropical atlântico e nos planaltos, o tropical de altitude, com geadas ocasionais.
            A mata tropical que existia no litoral foi devastada durante o povoamento, em especial nos séculos XVIII e XIX, no período de expansão do cultivo do café. Na serra do Mar, a dificuldade de acesso contribui para a preservação de parte dessa mata. No estado de Minas Gerais - o mais montanhoso dos estados brasileiros -, predomina a vegetação de cerrado, com arbustos e gramas, sendo que no vale do rio São Francisco e no norte do estado, encontra-se a caatinga, típica do Nordeste.
            O relevo planáltico do Sudeste fornece grande potencial hidrelétrico à região. A maior usina é a de Urubupungá, localizada no rio Paraná, divisa dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Mas existem outras grandes usinas hidrelétricas como São Simão, Três Marias, etc., pois o potencial da região é grande para esse tipo de aproveitamento energético. Encontram-se ainda no Sudeste, em Minas Gerais, as nascentes de duas bacias hidrográficas: a do rio Paraná, que se origina da união dos rios Paranaíba e Grande, e a do rio São Francisco, que nasce na serra da Canastra. Existem rios de boa dimensão e grande volume d' água, alguns deles em parte poluídos, como o rio Tietê, aliás o único que corre em sentido contrário (leste-oeste).

Economia:
            Sua economia é a mais desenvolvida e industrializada dentre as economias das cinco regiões brasileiras, nela se concentrando mais da metade da produção nacional.
            Movimentada pelas maiores montadoras e siderúrgicas do país, a produção industrial é diversificada. São Paulo concentra o maior parque industrial e participa com 36,5% do PIB (referência: 1999). Embora os ramos de calçados e têxtil se mostrem os mais aquecidos, percebe-se, no final dos anos 90, relativa queda de investimentos no setor industrial, em virtude, principalmente, dos incentivos fiscais adotados por outras regiões. Ainda assim, o Sudeste consegue manter elevada sua participação no PIB industrial. O interior paulista desponta, no decorrer da década, como um dos principaos pólos de atração de investimentos.
            A agricultura demonstra elevado padrão técnico e boa produtividade. A produção de café, laranja, cana-de-açúcar e frutas está entre as mais importantes do país. Na pecuária, a participação do PIB agropecuário cai de 38,9% em 1985 para 36,3% em 1998. Em Minas Gerais, destaca-se a exploração de numerosa variedade de minérios - em especial as reservas de ferro e manganês na serra do Espinhaço -, e da bacia de Campos, no Rio de Janeiro, sai a maior parte do petróleo brasileiro.
            Abrigando 42,5% da população brasileira e responsável por 58,7% do PIB nacional (327,5 bilhões de dólares em 1999), o Sudeste apresenta grandes contrastes. Ao mesmo tempo que concentra a maior parcela da riqueza nacional, é a região que mais sofre com o desemprego e o crescimento da violência. Ainda assim, seus indicadores sociais mostram-se os melhores do país: o analfabetismo na região é de 8,1%, a água tratada beneficia 95,9% das casas e o esgoto é recolhido em 83,8% das moradias. No Brasil, esses índices ficam em 14,7%, 78,8% e 63,9%, respectivamente.

Turismo:
            Um dos segmentos que mais se desenvolve nos últimos anos é o do turismo. No Rio de Janeiro destacam-se as praias e o carnaval. Em São Paulo, as atrações vão desde Campos do Jordão, estância de inverno, até as praias do litoral norte, como São Sebastião e Ubatuba. No Espírito Santo, Itaúnas, famosa pelas dunas de areia, que chegam a 30 metros de altura, também recebe visitantes. Em Minas Gerais, são muito visitadas as cidades históricas, principalmente Ouro Preto e Mariana.

População:
            A região Sudeste é a de maior população e a expectativa de vida é de 69,2 anos. É também a região com a maior densidade demográfica (76,31 hab./km²) e o mais alto índice de urbanização: 89,3%. Abriga as três mais importantes metrópoles nacionais, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Imigrantes:
            A expansão cafeeira é uma das razões para que a região tenha recebido muitos imigrantes europeus e japoneses no fim do século XIX e no começo do século XX. Eles se concentram principalmente em São Paulo e no Espírito Santo e transmitem enorme influência cultural para vários setores, como política, artes plásticas e culinária.
            Desde o século passado, o Sudeste é a região que mais atrai imigrantes também dos outros estados brasileiros. Nas últimas décadas, contudo, o aumento do desemprego estimula o retorno de muitas famílias aos estados de origem.

Transportes:
            Essa região é privilegiada nesse setor. Existem boas rodovias, principalmente no estado de São Paulo - muitas delas auto-estradas em pistas duplas -, boa conservação geral e grande movimento de veículos leves e pesados. Existe ainda entre o Rio de Janeiro e Niterói, a famosa Ponte Rio-Niterói sobre o mar - um marco da engenharia brasileira. O transporte marítmo é grande, destacando-se os portos de Tubarão (Vitória), Rio de Janeiro e Santos - o maior da América Latina. O transporte fluvial apesar de existir é menor, em razão das topografia irregular, entretanto no rio São Francisco, há um grande percurso navegável. O transporte aéreo é volumoso, possui modernos aeroportos (Cumbica em São Paulo, Galeão - Tom Jobim - no Rio de Janeiro e Confins em Belo Horizonte). A ponte aérea Rio-São Paulo é a mais movimentada do mundo em número de vôos e utiliza principalmente os aeroportos centrais de Congonhas (São Paulo) e Santos Dumont (Rio de Janeiro). Há uma ponte aérea com razoável movimento também no aeroporto da Pampulha (Belo Horizonte). São Paulo hoje está entre as 30 mais movimentadas cidades do mundo em transporte aéreo (número de vôos, passageiros e carga transportada). A sede da maioria das empresas aéreas brasileiras também está na Região Sudeste. Destaque também para o movimento de transporte executivo - a 2ª maior frota do mundo - e das empresas de táxi-aéreo (Líder, em Belo Horizonte e TAM, em São Paulo - entre as mais modernas e maiores do planeta).                                                               Prof:romilton

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