José porfírio

JOSÉ PORFÍRIO DE SOUZA

Estudos: Primário (incompleto, em escola rural). Autodidata. Lecionou aritmética em escola rural.

Profissão: Camponês.

Nascimento: 27 de julho de 1912, Pedro Afonso, TO.

Residência: Trombas de Formoso, GO.

Filiação:

Cônjuge: 1.ª núpcias: d. Roseira (faleceu em 1954, vítima de violência policial); 2.ª núpcias: Dorinha da Silva Pinha.

Filhos: 1.ª núpcias: 9 (Manuel; Durvalino);  2.ª núpcias: 6 .

Vida Política e Parlamentar

 

     Em 1950, migra para a região de Trombas, no médio norte goiano, lidera o movimento dos camponeses contra os fazendeiros da região. Na defesa da posse da terra, esteve várias vezes em Goiânia e duas vezes no Rio de Janeiro, Capital da República, tendo inclusive audiência com o presidente Getúlio Vargas.

 

      Em 1956, ingressa no Partido Comunista. Após o XX Congresso, discorda da linha do Partido. Em 1960, passa 8 meses em Cuba.

Presidente dos Congressos Camponeses: Goiás, 1962;  Minas Gerais, 1963.

Deputado Estadual, PTB-PSB, 5.ª Legislatura, 1963-1967. Deputado mais votado da Coligação, eleito com 4.663 votos. Em 01.06.1964, teve seu mandato cassado por ato do Presidente da República, foge para o estado do Maranhão.

 

      Em 1968, com o ex-padre Alípio Cristiano de Freitas, funda o PRT – Partido Revolucionário dos Trabalhadores. Em 1972, na repressão à guerrilha do Araguaia, é preso na fazenda do Riachão, município de Angelical (Ma) e levado para Brasília. Em 07.06.1975, é solto, sua advogada o deixa na rodoviária, destina-se a Goiânia. Não mais é visto.

Outras Informações:

      O movimento camponês de Trombas tornou-se um capítulo importante do movimento social brasileiro. A partir de 1952, tem início o confronto com os fazendeiros, que obtêm o apoio do governo estadual, com sistemática investida policial. Em abril de 1954, os camponeses expulsam os militares e controlam a região, que passa a ser administrada pela Associação dos Trabalhadores de Trombas e Formoso, presidida por José Porfírio. Organizam-se os ‘conselhos de córrego’. No governo Mauro Borges, 20 mil títulos de terra são concedidos aos ocupantes. Com o movimento de 1964, a região é invadida por forças militares, muitos camponeses são presos.

 
Falecimento: desaparecido político, desde junho de 1975.
                                                                                                Prof. Romilton