Japão

 

Número de mortos por terremoto no Japão passa de 6.900

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
As autoridades do Japão elevaram nesta sexta-feira a 6.911 o número de mortos pelo terremoto e tsunami que atingiram o país há uma semana. Outras 10.319 pessoas estão desaparecidas, segundo a Polícia Nacional.


      O número de mortos sobe diariamente, com os esforços contínuos de bombeiros e equipes de resgate em busca de vítimas nas áreas mais afetadas, como Iwate, Miyagi e Fukushima.
Este foi o terremoto mais devastador em quase 90 anos no Japão, já que superou as mortes registradas no terremoto de 17 de janeiro de 1995, na cidade de Kobe (centro do Japão), que matou 6.400 pessoas.


Kim Jae-Hwan/AFP
Equipes de resgate procuram por corpos sob os escombros em Kesennuma (Miyagi); mais de 10 mil estão desaparecidos
 
      O recorde permanece, contudo, com o chamado terremoto de Kanto, que em 1º de setembro de 1923 destruiu a região de Tóquio e matou 140 mil.
Cerca de 90 mil militares e membros de equipes de resgate japoneses, ajudados por voluntários estrangeiros especialistas em salvamento, vasculham a região devastada em busca de sobreviventes presos sob os escombros ou arrastados mar adentro pela onda gigante de sete metros de altura.
      No entanto, pouco a pouco as infraestruturas de transporte estão sendo restabelecidas na área afetada, o que facilita as operações de resgate e a assistência às 370 mil pessoas que permanecem nos 2.100 abrigos criados após o desastre.
O terremoto e posterior tsunami de 11 de março destruiu 11.991 casas, provocou 269 incêndios e danificou 1.232 estradas do norte e leste do Japão
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GRAVIDADE
Mais cedo, a agência de segurança nuclear do Japão elevou nesta sexta-feira a gravidade da crise nuclear na usina de Fukushima Daiichi de quatro para cinco, na Escala Internacional de Eventos Radiológicos e Nucleares, que vai até sete.

      O reconhecimento da gravidade dos danos na usina, agora "um acidente com vazamento limitado", vem em meio aos esforços para lançar toneladas de água para resfriar os reatores e evitar um vazamento massivo de radiação.

Efe
Imagem mostra fumaça branca sindo do reator 3; toneladas de água serão lançadas para resfriá-lo
Imagem mostra fumaça branca sindo do reator 3; toneladas de água serão lançadas para resfriá-lo
       A crise em Fukushima é agora comparável ao acidente na ilha Three Mile, nos Estados Unidos, que sofreu uma fusão parcial em 28 de Março de 1979, causando vazamento de radioatividade para a atmosfera.
Mas ainda está abaixo da maior tragédia nuclear da história, a explosão em Tchernobil, na Ucrânia, considerada nível sete, o mais alto jamais alcançado, definido como "um acidente maior, com um efeito estendido à saúde ao meio ambiente".
Segundo a agência de notícias Kyodo, a avaliação se refere apenas aos reatores 1, 2 e 3 dos seis da usina de Fukushima Daiichi, que estavam em operação durante o terremoto de magnitude 9 que atingiu o leste do país há uma semana.
Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o núcleo dos reatores sofreu danos e teriam derretido parcialmente diante do aumento da temperatura, uma consequência da falha no sistema de refrigeração, causada pelo tremor.
Mesmo com o aumento, a avaliação japonesa continua abaixo da classificação feita pela Autoridade Francesa de Segurança Nuclear (ASN) --que havia classificado inicialmente o acidente como cinco, mas mudou nesta semana ao nível seis. O nível seis, ou "acidente grave", se refere a um "vazamento importante que pode exigir a aplicação integral de contramedidas previstas".
André Claude Lacoste, presidente da ASN, chegou a cogitar que o acidente em Fukushima chegue à gravidade de Tchernobil.

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