As colônias de exploração, exemplificada pela colonização portuguesa no Brasil, correspondiam aos interesses mercantilistas da época e apresentam as seguintes características:
• Ocupação espontânea, conseqüentemente temporária, por grupos de indivíduos onde o ideal de fixação foi suplantado pelo ideal de exploração econômica, de forma imediata e sem grandes investimentos.
• Ideal de enriquecimento rápido na colônia com gastos na Europa (“Fazer a América”), vinculado à mentalidade transoceânica, em que, em geral, as famílias ficavam na metrópole.
• Exportação para a metrópole da totalidade dos lucros obtidos com a produção colonial.
• Produção em grande escala para o mercado externo, atendendo aos interesses metropolitanos, baseada na grande propriedade e no trabalho escravo.
• Economia extrovertida e dependente, impedindo a formação de um mercado interno.
• Desvalorização do trabalho manual, da educação, da instrução e da mulher.
• Desenvolvimento tardio do ideal de emancipação.
Os dois tipos de colonização explicam as diferenças que se apresentarão posteriormente: o Brasil colônia não prosperou, ao contrário da Nova Inglaterra, que foi o embrião do desenvolvimento norte-americano. Portanto, é o sentido da colonização, essencialmente de exploração, o grande responsável pelos problemas do atraso que ainda hoje marcam o nosso país, e não outros fatores, como clima, raça, miscigenação ou religião, carentes de base histórico-científica.
Uma experiência de colonização de povoamento no Brasil foi realizada no litoral de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, no século XVIII. Para estas áreas foram trazidas famílias de açorianos, em caráter permanente, que, entre outras, desenvolveram a produção diversificada em pequenas propriedades. E o caso de Florianópolis e Laguna, em Santa Catarina, e de Porto dos Casais, no Rio Grande do Sul, hoje a cidade de Porto Alegre.
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